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2012 - Livro Vermelho 2013

Manettia tweedieana K.Schum. NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 08-06-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie não é endêmica do Brasil e no país ocorre em ampla distribuição pela região Sul. Tem sido coletada na última década em diferentes regiões. Pode estar ameaçada no contexto dos Estados e por isso é dependente de medidas de conservação que assegurem a preservação de seu habitat, as bordas de matas ripárias e ciliares. As alterações de redução de área de preservação permanentes às margens de cursos d\'água, incluídas no novo código florestal são ameaças potenciais, que apontam para o declínio populacional nas próximas décadas.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Manettia tweedieana K.Schum.;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Lygistum tweedieanum ;
  • > Manettia angustifolia ;
  • > Manettia cordifolia var. hassleriana ;
  • > Manettia hassleriana ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Martius, Fl. Bras. 6(6): 169. 1889. Diferencia-se das outras espécies do gênero por apresentar lobos do cálice ovalados a lanceolados com margem levemente revoluta, caule curto-alado e folhas lanceoladas, subcoriáceas com margem levemente revoluta (Marinero, 2010). M. tweedieana e M. cordifolia são espécies afins apesar de não serem sinônimas, porém diferenciam-se principalmente pela inflorescência, na primeira é frondoso-bracteosa, com bractéolas elípticas, pediceladas, enquanto na segunda a inflorescência é folhosa, com bractéolas cordiformes e sésseis; as flores, frutos e sementes são menores em M. tweedieana (Macias, 2007).

Dados populacionais

Na região sul do Brasil, M. tweedieana apresentou uma extensão de presença maior que 100 km², uma área de ocupação maior que 10 km², e número de indivíduos maduros menor que 50 (Marinero, 2010).

Distribuição

Ocorre no Paraguai e Argentina (Marinero, 2010); no Brasil ocorre nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Pessoa; Macias, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas volúveis, com epiderme sublenhosa na base, ou lianas, com caules cilíndricos a tetragonais, estriados; floresce e frutifica o ano inteiro (flores, exceto nos meses de Março e Abril, e frutos, exceto de Maio a Agosto); dispersão anemocórica (Marinero, 2010; Macias, 2007).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes OEstado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha)de seu território coberto por Mata Atlântica. Hoje, a Mata Atlântica no Estadorepresenta cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo dolitoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área doEstado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreasprotegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas(favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração,extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição daágua, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes àconservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa, 1997).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, osquais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço,seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça deextinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismopredatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porqueexiste pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pelaespeculação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar florestaem área agrícola (Simões; Lino, 2003).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Espécie pode ser considerada Em Perigo (EN) para a região sul do Brasil (Marinero, 2010).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presumivelmente Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: Espécie ocorre em Unidade de Conservação: Parque Nacional do Iguaçú, no estado do Paraná (CNCFlora, 2011).

Referências

- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: SENAC, 2003.

- COSTA, J.D.B. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado de São Paulo., 1997.

- MACIAS, L. Manettia (Rubiaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP, p.364-373, 2007.

- PESSOA, M.C.R.; MACIAS, L. Manettia tweedieana in Manettia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014108>.

- MARINERO, F.E.C. Estudo taxonômico do gênero Manettia Mutis ex L. (Rubiaceae) no sul do Brasil. Mestrado. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2010.

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL.STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Rubiaceae. 2009. 449-461 p.

Como citar

CNCFlora. Manettia tweedieana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Manettia tweedieana>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 08/06/2012 - 17:27:55